domingo, 4 de abril de 2010

eu quero!

Adoro ambiente coloridos, com um ar regional e sem muita modernidade. Vou postar pra vcs algumas inspiracoes do projeto do sitio.




Esse patchwork de azulejos eh incrivel!



Almofadas com estampas florais, da um ar coutry e feminino ao mesmo tempo.



Olha essa mesa de centro amarela, brincando com as cores da almofada. Muito aconchegante.



Estante aberta, bem organizada come esses potes coloridos, muiiiitoo lindo.



Lindooo de+!!



Sonhando um pouco mais alto..olha esse quarto que coisa mais lindaaa! Amei

use, reuse, recrie e abuse!

Adoro inventar objetos e acessorios com garrafas pet, lata, vidros..
vou postar algumas ideias, da pra criar tanta coisa linda!

Nos que adoramos pintar, fica a dica de um porta pincel.



um porta treco,porta revista..estrategicamente colocado para dar um ar clean no ambiente.



Vasos que brincam com as cores,vale a combinacao das flores com a pet verde. Fica muito lindo



Olha esses castiçais, muito lindo...fazer um jantar a luz de velas com esse castical fica a coisa mais fofa! tbm vale brincar com o jogo de cor entre a vela e a pet

#ficaadica

arranjos de cabelo. Um toque diferente no look

uma graça esses arranjos de flor.






Adoro esse ar angelical que esses arranchos de flores traz. Sabendo usar fica incrivel.

#ficaadica

quinta-feira, 1 de abril de 2010

a influencia da contracultura dos anos 60 no Brasil - surge a tropicalia!

“Caminhando contra o vento / sem lenço sem documento / no sol de quase dezembro / eu vou”.



Deu para aprender um pouquinho com os textos da Queila? Agora vamos ver o que tudo isso influenciou aqui no Brasil e o que surgiu com a nossa contracultura.

Os jovens não sofriam com o medo de se alistado para a guerra, mais a ditadura tomava conta de todos que se viam sufocados querendo gritar pelos seus sonhos, medos e desejos.

A busca por novos campos de expressão (luta oriunda principalmente da contracultura européia) entra em choque com a necessidade brasileira de mostrar pro próprio país a originalidade não só da música como da arte brasileira,



O que foi a ditadura?

A ditadura militar foi um dos períodos mais conturbados da história do Brasil e esse tipo de governo teve inicio em abril de 1964 depois de um golpe que havia sido dado pelas Forças Armadas.

Esse golpe foi recebido como sendo um alivio para os americanos que ficaram mais satisfeitos de ver o Brasil não seguir o mesmo caminho de Cuba onde tinha a guerrilha que era liderada por Fidel Castro que tinha tomado o poder.

Depois de ter passado um tempo após o golpe vieram então os atos institucionais que eram artificialismos que foram criados para dar legitimidade jurídica a ações políticas contrárias à constituição brasileira o que culminou numa ditadura.

O começo de um movimento.

Em outubro de 1967, houve o III Festival da Música Popular Brasileira, da TV Record de São Paulo aonde foi apresentada ao publico as musicas "alegria, alegria" e "domingo no parque".


As musicas se destoavam das outras canções por não se enquadrarem nos limites que se dominava MMPB.

O publico era formado por uma grande massa de universitários, jovens que com os desejos aflorados buscavam uma resposta e um impulso para a liberdade.

Os critérios foram confundidos, e o publico entusiasmado com a nova brasilidade que vinha das musicas deram ênfase a desconfiança de uma mensagem sócio-política dentro das canções de Caetano e Gil.

Essa ambigüidade foi o ponto de partida para um novo movimento. "Alegria, alegria" apresenta a identidade da tropicália uma musicalidade incrível e criticas sócias que levavam os jovens a um questionamento positivo e construtivo.

Logo apos a sua explosão inicial, a mídia intitulou esse acontecimento como o surgimento de um novo acontecimento, e de ramo nome a isso de "Tropicalismo".

Disse Gil sobre o fato, "Na verdade, eu não tinha nada na cabeça a respeito do Tropicalismo. Então a imprensa inaugurou aquilo tudo com o nome de Tropicalismo. E a gente teve que aceitar, porque tava lá, de certa forma era aquilo mesmo, era coisa que a gente não podia negar. Afinal, não era nada que viesse desmentir ou negar a nossa condição de artista, nossa posição, nosso pensamento, não era. Mas a gente é posta em certas engrenagens e tem que responder por elas"

Muita polemica foi geradas no inicio, houve uma ruptura em diversos níveis comportamentais, políticos- sócias e estéticos transformando-se na cara da contra cultura brasileira.

Seus heróis e colaboradores passaram a serem amados com a mesma intensidade que eram odiados.

O tropicalismo se estendia alem da cena musical, no teatro havia experiências semanais do Grupo Oficina, no cinema Glauber Rocha deu inicio ao cinema novo com o lançamento do filme Terra em Transe, nas artes plásticas Helio Oiticica deu forma ao movimento criando o Parangole.

Essa radicalização das questões colocadas pelas artes nos anos 60 fez com que a Tropicália fosse à fase positiva e culturalmente inovador gerado através do grito de alguns como resposta ao golpe militar de 1964.

Aqui no Brasil foi impossível haver a idéia de “loucos e coloridos anos 60” que tinham os hippies, devido à repressão do governo. Ate mesmo a formação de comunidades era algo complicado, pois havia a forte perseguição policial contra os cabeludos, os músicos e aqueles que se vestiam com roupas coloridas e desenhadas. Mas mesmo assim é possível se dizer que, os “hippies brasileiros” mudaram costumes e revolucionaram a história militar.





Influências: movimento antropofágico, pop art., concretismo



Movimento antropofágico

Grande parte do ideário do movimento possui algum tipo de relação com as propostas que, durante as décadas de 1920 e 30, os artistas ligados ao Movimento antropofágico promoviam (Mário de Andrade, Tarsila do Amaral, Oswald de Andrade, Anita Malfatti, Menotti Del Pichia, Pagu entre outros): são especialmente coincidentes as propostas de digerir a cultura exportada pelas potências culturais (como a Europa e os EUA) e regurgitá-la após a mesma ser mesclada com a cultura popular e a identidade nacional (que em ambos os momentos não estava definida, sendo que parte das duas propostas era precisamente definir a cultura nacional como algo heterogêneo e repleto de diversidade, cuja identidade é marcada por uma não identidade, mas ainda assim bastante rica).



Pop art.

A grande diferença entre as duas propostas (a antropofágica e a tropicalista) é que a primeira estava interessada na digestão da cultura erudita que estava sendo exportada, enquanto os tropicalistas incorporavam todo tipo de referencial estético, seja erudito ou popular. (Acrescente-se a isso uma novidade: a incorporação de uma cultura não necessariamente popular, mas pop). O movimento, neste sentido, foi bastante influenciado pela estética da pop art. e reflete no Brasil algumas das discussões de artistas pop (como Andy Warhol).



Concretismo

Ainda que tenha sido bastante influenciado por movimentos artísticos que costumam estar associados à idéia de vanguarda negativa, o Tropicalismo também manifestou-se como um desdobramento do Concretismo da década de 1950 (especialmente da Poesia concreta). A preocupação dos tropicalistas em tratar a poesia das canções como elemento plástico, criando jogos lingüísticos e brincadeiras com as palavras é um reflexo do Concretismo.



Nomes ligados à Tropicália



Hélio Oiticica

Caetano Veloso

Capinam

Gal Costa

Gilberto Gil

Glauber Rocha

Guilherme Araújo

Jorge Ben

Jorge Mautner

Júlio Medaglia

Lanny Gordin

Maria Bethânia

Nara Leão

Os Mutantes (Arnaldo Baptista, Sérgio Dias e Rita Lee)

Rogério Duarte

Rogério Duprat

Tom Zé

Torquato Neto

Waly Salomão

Sérgio Sampaio


Caetano

Gil


Maria Betania



                                                           Os Mutantes



                                                                       Jorge Mautner


Helio Oiticica

Gal


Tom Ze




Esse texto foi escrito no segundo semestre de 2009 como introducao a minha pesquisa para o desenvolvimento da minha colecao baseada na Tropicalia

O Movimento Hippie e a Influência do LSD



Wilhelm Reich, psiquiatra austríaco, que havia sido perseguido por Hitler, foi expulso do partido comunista, preso na década de 50 pelo macartismo, vindo a morrer na prisão em 57 com parte de seus escritos queimados.


Reich foi considerado maldito e proscrito dos círculos oficiais, criou a sexpol, fincada na idéia de que há uma necessária ligação entre a saúde psíquica, a vida sexual e a consciência de classe. Não acreditava na possibilidade de saúde e liberdade num quadro sufocante como o do capitalismo das sociedades industriais de consumo. Pregava que sexo é corpo e mente. Como para o psiquiatra, o capitalismo escraviza o corpo e condiciona a mente, acaba sendo um entrave para a saúde psíquica plena. A revolução seria necessária para uma profilaxia eficaz das neuroses.


(wilihelm reich)
O psiquiatra acabou virando referência para muitos intelectuais dos sixties, guru sexual dos jovens interessados na libertação do corpo, na compreensão dos desejos. Falava-se em amor livre, no slogan da época Make Love, Not War, não havia propriedade privada do corpo. Uma das terapias recomendadas pela contracultura era a sexual, outra pregava o uso de alucinógenos, como o americano, escritor e psicólogo, Timothy Leary que por isso, ficou conhecido como o papa do LSD.


(Timothy Leary)

Para Leary tudo começou em agosto, quando professor de psicologia da universidade de Harvard, experimentou o LSD, droga sintetizada em laboratório, que era vista como analgésico e que podia aliviar a dor física e psíquica, comentava-se também a possibilidade de uso da droga na psicologia e psiquiatria, na medida em que poderia ajudar a compreender o universo do pensamento humano.

A partir dai, Leary começou a defender a tese de que o cérebro humano tem uma infinidade de potencialidades, podendo até operar em dimensões de tempo e espaço inusitadas. Dizia que ácido lisérgico é o passaporte que leva o homem além das previsíveis e limitadas fronteiras da consciência, permitindo-lhe gratificantes viagens de autoconhecimento.

Sua luta desde então, foi à expansão da mente, fornecendo ao homem um terceiro olho, que lhe faria enxergar o mundo com uma profundidade maior. O psicólogo acabou sendo expulso de Harvard; a droga que não era proibida na época tornou-se uma febre na América como a novidade do momento.

Dentre seus usuários, a maioria eram universitários e intelectuais consagrados. O termo psicodélico significa manifestação da mente e passou a ser empregado para se referir a estados de alteração da mente ligados a LSD; o ácido se tornou mais popular que a maconha, sendo adotado pelas diversas comunidades hippies espalhadas pelo mundo. Muitas bandas de rock surgiram para compor trilhas musicais para as viagens psicodélicas como Grateful Dead e Pink Floyd.
















Leary começou a ser visto como fanático, místico, um alquimista distante do universo científico acadêmico, acabou por se transformar no guru lisérgico de uma cruzada religiosa, cujo deus responde pelo nome de LSD.


Além dos jovens alegres e descompromissados que davam o maior destaque às questões comportamentais
e existênciais, havia a ala da juventude engajada nas questões sociais, crente na força da ação política como motor das transformações, conhecida como poder jovem.


Jerry Rubin celebrizou-se diante de uma das principais organizações estudantis dos Estados Unidos e do mundo, a YIP Youth International Party (partido internacional da juventude) acionando a existência de uma comunidade hippie politizada.

A contracultura se misturou com a política; a imagem de Che Guevava se fundiu à de Hendrix na politização da psicodelia. Rubin, dirigente do partido e ex-líder estudantil em Berkeley afirmava que a união da nova esquerda com o estilo de vida psicodélico e, com a maneira de viver, nossa própria existência era a revolução.



Tanto a liberdade individual foi importante para a revolução, quanto à revolução para a liberdade individual e para a revolução cultural que caminhava ao lado da revolução política. Começaram a pipocar no mundo organizações políticas progressistas ou de esquerda. Uma das mais importantes foi SNCC: Students Non Violent Coordinating Committee, dirigido por um líder religioso seguidor de Martin Luther King. Os negros mais exaltados organizaram vários grupos radicais, como o Black Panter, em 1966.




Tribos Urbanas – O Movimento Hippie

ou dividir com vcs, um texto que minha querida professora Queila Ferraz (professora de desenho tecnico) que tive a oportunidade de conviver durante dois anos na Belas Artes, fez sobre a moda Hippie e suas influencias.
o texto eh voltado para a moda e o esteriotipo que se criou em cima da contracultural dos anos 60-70, vale a pena ler e entender um pouco sobre essa forma de se vestir que ate hj faz a cabeca de milhares de pessoas ligadas a revolucao, ao rock, a psicodelia, e a busca pela paz e liberdade. 





Movimento de juventude que nasceu na Califórnia, na América do Norte em 1966. Hip significa zombar e melancolia. Pacifista, pregava a filosofia do amor (filosofo significa amigo do saber). Jovens estudantes reuniram-se para expor ao ridículo a guerra do Vietnã. Foi um ato de zombaria que revelou o desencantamento de uma juventude sem ideal.


O traje desse movimento era composto de calças de jeans, pantalonas com boca de sino, e no lugar de camisas e blusas, ambos os sexos usavam batas indianas, como apego a culturas distantes deste mundo massificado e corrompido pela guerra e pela sociedade de consumo. A estética hippie é também conhecida como a estética da flor e do amor.

A característica básica dessa moda foi o uso da cor. Introduziu o estilo unissex e seu gosto pelo colorido estava associado à cultura psicodélica. As roupas eram, em geral estampadas e faziam alusão aos símbolos do movimento: paz e amor, além de flor e motivos orientais. Moços e moças usavam cabelos longos, repartidos ao meio com ar angelical. Os sapatos e bolsas tinham aspectos artesanais, próprios de culturas não industrializadas. Houve grande valorização de adornos de origem folclórica.

Sobre a revolução que estava começando pregavam que questionaria não só a sociedade capitalista como também a sociedade industrial. Para eles a sociedade de consumo deveria morrer de forma violenta. A sociedade da alienação deveria desaparecer da história.


Estavam inventando um mundo novo e original, e com a imaginação estavam tomando o poder. Estas eram as palavras do manifesto afixado à entrada da tradicional Universidade de Sourbonne, durante as manifestações estudantis que abalaram Paris e o mundo em maio de 68. Suas palavras poderiam figurar em qualquer texto de qualquer canto do planeta nos anos 60.

A guerra fria se acirrava por meio da obsessiva corrida armamentista e espacial. Tal fenômeno político foi marcado pela construção do muro de Berlim, em 1961, que dividiu o mundo no plano simbólico entre os azuis e os vermelhos. Neste contesto, ganhava o centro das atenções à revolução socialista em Cuba que trazia a ameaça vermelha para a América e fortalecia os soviéticos. A ofensiva do Tio Sam disseminou o vírus das ditaduras militares no continente e, nós brasileiros também sofremos dessa irradiação.




Outras manifestações do jogo da guerra fria foi a guerra do Vietnã, onde morreram milhares de jovens americanos, crianças, jovens e velhos vietnamitas, em nome da absurda causa alheia, some-se também a isso o assassinato de John e Bob Kennedy, e do líder negro pacifista Martin Luther King, o crescimento da sociedade industrial de consumo e o ascendente fenômeno da juventude como nova força, incluindo a política. Muitos Power surgiram como o Black Power, o Gay Power, o Wamens Lib.


Os anos 60 foram, sobretudo, de uma nova juventude, que também transviada, substituiu James Dean e Elvis Presley pela rebeldia política de Che Guevara e a moral sinalizada por Jimi Hendrix e toda uma constelação de pop-stars que morreu vítima da overdose de drogas.


Novos posters na parede, novas idéias na cabeça – estranho apresentar um líder da revolução cubana, morto em combate nas selvas bolivianas, ao lado do revolucionário guitarrista de Woodstock, morto em 1970, em Londres por uma intoxicação de barbitúricos.


Representaram as duas faces da mesma moeda da década, duas maneiras de viver, sonhar e morrer; ou se vivia, ou se sonhava, ou se morria com eles, ou tudo isso junto. O que importava era a revolução, desde que em benefício do homem, em nome da liberdade. Assim, se chamava para agir sobre o seu tempo, gente como o Zaratustra do rock, Jim Morrison e sua melancólica banda The Doors.

Dois ideais corriam paralelos, de um lado a revolução política, de outro, a cultural, propondo chacoalhar as bases da cultura oficial, propondo transformações comportamentais. Uns adaptados à disciplina militar partidária, outros, inadaptados a tudo que não fosse o próprio desejo. Os primeiros atuavam por meio de partidos e grupos políticos, os segundos, pelas formas alternativas dos grandes encontros comunitários, happenings e concertos de rock. O que para uns era o ponto de partida para outros era o ponto de chegada, fazer a revolução coletiva partindo da individual ou a individual pela coletiva.

Acreditava-se que apenas numa sociedade livre da exploração capitalista do homem pelo homem é que o indivíduo podia gozar de liberdade, de autonomia. Os que faziam o caminho inverso, da parte para o todo, afirmavam que apenas o homem consciente da sua individualidade poderia libertar a sociedade de toda a milenar carga opressiva. A equação pode assim ser resumida: é preciso ser livre, para libertar a sociedade, ou, só se é livre em uma sociedade livre.

Sobre esses jovens Eric Hobsbawm (1995) em A Era dos Extremos, fala que pregavam “que sem revolução não há tesão, e sem tesão não há revolução”. Isto levou a que, enquanto alguns jovens levantavam a bandeira socialista, outros erguiam o pensamento existencialista. Os mais afinados com os acordes de Hendrix defendiam que a maior contribuição se dava, sem dúvida, no plano comportamental que materializava uma nova cultura, a contracultura.


Para o time de Che, os anos 60 significaram a prisão, exílio ou a tortura. Habitavam apartamentos clandestinos ou viviam na selva em guerrilhas, num momento de tensão e participação. Para os de Hendrix, em comunidades espalhadas pelo mundo sem fronteiras, habitando barracas e colchonetes ao ar livre, num momento de alegria e descompromisso, assistindo a festivais de rock, curtindo o corpo nu, o poder das flores e a distância dos males da civilização. Jovens da baioneta e da guitarra. No slogan “sexo drogas rock’n roll” e política, no fundo buscavam apenas o direito de o homem ser livre e feliz longe das guerras através da oposição à cultura dominante que os convocava para morrer numa guerra sem pátria.

O movimento de contracultura foi à guerra dos ideais contra a guerra da idéia de dominação da cultura capitalista ocidental norte-americana contra a cultura comunista russa e asiática que tentava avançar pelo resto do planeta.

Movimentos de Cultura e Contracultura


A cultura oficial se assentava sobre os valores que exaltavam o trabalho, a especialização da mão-de-obra, o elogio à máquina, à razão, à objetividade, etc. A cultura underground, marginal se opunha a tudo isso, propondo um retorno hedonista à natureza, onde o novo homem deveria estar de acordo com seus instintos, diferentes dos que são artificialmente instituídos pela indústria cultural.

Para a contracultura, há coisas mais importantes do que ficar lustrando carros e contando notas verdes, acumulando eletrodomésticos; havia chegado a hora do poder da flor se opor ao das armas e das máquinas. A filosofia do flower and power era drop out, saltar o muro e cair fora do sistema desacreditado. Sexo, drogas e rock’roll: a imaginação, um poder novo, dentro de um submarino amarelo.